segunda-feira, 5 de julho de 2010

Vasoconstringindo o Amor – um conto Nórdico

ainda tenho q escrever ele inteiro...

Bárbara começou um riso incessante quando descobriu que a peça-chave para sua vingança era do tamanho de uma ervilha.

Ria tanto (Tanto)!, que não controlava seus pés e se abraçava.

-De uma ervilha! De uma ervilha! – exclamava ofegante quando não mais conseguia rir.

Só podia ser uma piada de Deus ironizando sua carência de conhecimentos científicos, ou o excesso de seu amor – pensou por entre suas risadas.

Amor do qual sua mãe sempre murmurava: “um atentado a sua civilidade filha...”.

E, se lhe tocava o descontento de sua mãe, lhe fortalecia a lembrança de como descobriu o amor: o choro de sua mãe no funeral de seu pai: infindável e imensurável.

Como escorrer uma lágrima sequer se passara sua vida inteira trabalhando para sustentar o vício de bebida de seu pai?

-Incompreensível, indizível, e indescritível – definiu.

Cedo, portanto, aprendeu o que é amor; e, o fardo miserável do destino manifesto de qualquer mulher: o de amar.

Não tardou mais que alguns meses até que entregasse seu coração para Oliver. Algo nele a fazia acreditar que ele era bom, mesmo entendendo que lhe fazia mal, porque dizer seu nome baixinho lhe fazia bem.


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Futebol na era da Modernidade.

Eu e um amigo participamos de um bolão da copa. Meu amigo, estudioso de futebol que só, sabe a escalação de todos os times do campeonato Brasileiro, e que fim levou todos os jogadores de todos os campeonatos que pode acompanhar em sua vida.

Perguntei-lhe uma vez que fim levou Zetti, o goleiro?

-Iniciado no mundo futebolesco nos infantis do time Capiviriano; profissionalizado no Palmeiras, mas debutante no Toledo, do Paraná; glorificado no São Paulo; transferiu-se para, em ordem cronológica, Santos, Fluminense, União Barbarense e Sport, onde encerrou a carreira. Seu primeiro time, como treinador profissional, foi o Paulista de Jundiaí; passou por outros clubes, inclusive no Atlético-MG, até alcançar fama no Juventude ao eliminar o Grêmio no Campeonato Gaúcho, mas fracassou na série B e foi treinar o Paraná; e, desde 2010 está no Ituano como auxiliar-técnico.

Assustado com tantos conhecimentos, perguntei-lhe como será a copa.

Respondeu-me:

-Historicamente, o país que sedia a competição passa para a segunda fase, o último campeão e o vice-campeão mundial também, assim como algum país do continente local.

Questionei-lhe:

-E, quais seriam?

-O país que sedia é óbvio, a África do Sul. Itália e França, respectivamente. E, provavelmente, Camarões.

-E por que essas certezas?

-Contra fatos não há argumentos. Nunca um país anfitrião não passou para as oitavas. Itália e França sempre crescem e endurecem na Copa, por pior que seja a situação; lembre-se da última! E, estou apostando em Camarões porque eles têm Eto, que ganhou tudo nessa temporada, e é melhor que o Obina.

-Anotadíssimo – lhe respondi sorrindo.

Pois é. Outro dia o encontro na faculdade, e ele fingiu que não me viu. Vou a sua direção e lhe cumprimento com a mão, dou um sorriso e um tapinha nas costas, e lhe digo:

-Quem diria hein? só Zebra na Copa.

-Só podia ser na África.- responde seco, desapontado, e olhando pro chão.

-Pois é, mas me diga, por que você apostou naqueles países? França, Itália, África do Sul, e... Qual mesmo?

-Camarões – corou-se.

-Qual era a razão mesmo?

-Veja bem... historicamente todos deviriam ter passado. A culpa é da África e da Jabulani. Jabulani é nome da Zebra. Oh desgraça!

-Mas, e o Camarões amigo?

Vermelho de vergonha, me responde:

-Veja só,... eu gosto tanto de Camarões... fritos, assados, crus, recheados, temperados, grandes, médios, pequenos, com rabo ou sem! – esboçando um sorriso de canto.

-Ora pois. Que lógico!

-E você? Como fez para ir tão bem?

-Segredo de estado, meu amigo.

Fui embora em estado de graça. Não é todo dia que posso acreditar que o videotape continua burro, e o que é decisivo é o imponderável.

Vai dar Brasil, mesmo com nosso complexo de Vira-latas. Dane-se a objetividade, profissionalidade, e subjetividade. Sempre gostei da minha nacionalidade!



ps: Essa história é falsa e nunca existiu. =]