Bárbara começou um riso incessante quando descobriu que a peça-chave para sua vingança era do tamanho de uma ervilha.
Ria tanto (Tanto)!, que não controlava seus pés e se abraçava.
-De uma ervilha! De uma ervilha! – exclamava ofegante quando não mais conseguia rir.
Só podia ser uma piada de Deus ironizando sua carência de conhecimentos científicos, ou o excesso de seu amor – pensou por entre suas risadas.
Amor do qual sua mãe sempre murmurava: “um atentado a sua civilidade filha...”.
E, se lhe tocava o descontento de sua mãe, lhe fortalecia a lembrança de como descobriu o amor: o choro de sua mãe no funeral de seu pai: infindável e imensurável.
Como escorrer uma lágrima sequer se passara sua vida inteira trabalhando para sustentar o vício de bebida de seu pai?
-Incompreensível, indizível, e indescritível – definiu.
Cedo, portanto, aprendeu o que é amor; e, o fardo miserável do destino manifesto de qualquer mulher: o de amar.
Não tardou mais que alguns meses até que entregasse seu coração para Oliver. Algo nele a fazia acreditar que ele era bom, mesmo entendendo que lhe fazia mal, porque dizer seu nome baixinho lhe fazia bem.
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